119 QUAL É O MODO IDEAL DE ORGANIZAR ESTE MINISTÉRIO DO EXORCISTADO?

119  QUAL É O MODO IDEAL DE ORGANIZAR ESTE MINISTÉRIO DO EXORCISTADO?
O ideal é que este ministério se organize bem, com um número sufeciente de pessoas capacitadas para a missão que se lhes vai confiar. Se para isso se considera que é melhor concentrar o ministério na capital da diocese, actue-se dessa maneira. Desde logo, não é obrigatório que em cada diocese haja um exorcista.
O modo como vou expor a organização deste ministério está pensado para uma grande arquidiocese que tenha uma grande afluência de casos para examinar. 
A parte mais delicada deste ministério não é o exorcismo, mas o descernimento, pois se nos equivocamos e dizemos que uma pessoa não está possessa quando na realidade está, estaremos a inflingir por omissão um dano terrível que pode ter de carregar sobre os ombros toda uma vida. Mas, por outro lado, se dizemos que está possessa e não está, a Igreja ficará muito desprestigiada. Um só deslize neste sentido pode ter péssimas consequências, pois a imprensa só se fixará no erro e não nos êxitos. 
Por isso, convém concentrar experiência em poucas pessoas e não ir começando cada vez com cada caso. E, no caso de os especialistas em descernir deverem estar só na arquidiocese, não haveria problema dadas as facilidades de comunicação que há actualmente. Uma vez que se comprovasse que o caso é verdadeiro, o especialista poderia dar as indicações oportunas para que na diocese onde reside o possesso um sacerdote autorizado proceda ao exorcismo. 
Embora seja suficiente que uma só pessoa observe o caso, convém que sejam três as pessoas integrantes da equipa de descernimento. Três pessoas de distintas idades porque, deste modo, se uma delas morre, não se perderá todo o conhecimento com ela. Por mais que esta ciência do descernimento se ponha por escrito, nada poderá suprir nesta matéria a experiência. Por isso, o facto de o exorcista mais jovem ser ensinado pelo de mais idade é muito benéfico.
Depois, comprovado que um caso é de autêntica possessão e conseguida a autorização, o ideal é que o exorcista tenha uma equipa de leigos que o ajudem durante o exorcismo. Leigos que segurem o possesso e que rezem durante o acto litúrgico. Podem ser entre cinco e dez. Dez podem parecer demasiados, mas se lá estão, a rezar, então não estorva esse número, pois a oração soma-se. A oração desta equipa de leigos que assiste às sessões tem uma grande importância, pois o poder da oração de um grupo é muito superior ao de um sacerdote. 
A equipa de sacerdotes que discernem não tem necessáriamente de ser formada pelos que depois fazem os exorcismos. Como se disse já, o exorcismo é uma operação mais fácil de realizar do que a acção de receber a pessoa e discernir, pois para o exorcismo basta seguir o manual. E se há dúvidas, estas podem ser examinadas com alguém da equipa de descernimento. Mas nenhum manual pode dar a experiência necessária para discernir os casos verdadeiros dos falsos. É nessa tarefa de discernir que mais convém que se acumule a experiência, e, portanto, convém que as pessoas sejam fixas, sempre as mesmas. Por outro lado, exorcizar, se é feito com muita frequência, é um ministério muito pesado, e ainda que pareça paradoxal, é uma função de uma grande monotonia e que custuma cansar. Por isso, discernir é um trabalho e exorcizar é outro. Não devem necessariamente andar unidos. 
Assim, resumindo, o ideal é que o ministério nas grandes arquidioceses se organize com três tipos de pessoas:
Os consultores -> encarregados do discernimento
Os exorcistas -> encarregados de realizar o exorcismo
Os assistentes -> a equipa de leigos que assistem com a sua oração e ajudam nos exorcismos 
Entre os assistentes poderia haver leigos mais fixos neste ministério que se encarregassem do acompanhamento espiritual dos possessos e seus familiares. Na maioria dos casos os possessos precisam de uma verdadeira catequese para se aproximarem de Cristo. 
Alguns destes assistentes podem, com os anos, acumular tal experiência que algum deles poderia chegar a ser algum dos consultores. Se este leigo é, além disso, psiquiatra, o seu juízo parecerá mais justo no momento de discernir os casos. Mas digo parecerá porque, segundo a minha experiência, nada é tão valioso como o sentido comum e a vida espiritual.
O ideal é que este ministério se organize bem, com um número sufeciente de pessoas capacitadas para a missão que se lhes vai confiar. Se para isso se considera que é melhor concentrar o ministério na capital da diocese, actue-se dessa maneira. Desde logo, não é obrigatório que em cada diocese haja um exorcista.
O modo como vou expor a organização deste ministério está pensado para uma grande arquidiocese que tenha uma grande afluência de casos para examinar. 
A parte mais delicada deste ministério não é o exorcismo, mas o descernimento, pois se nos equivocamos e dizemos que uma pessoa não está possessa quando na realidade está, estaremos a inflingir por omissão um dano terrível que pode ter de carregar sobre os ombros toda uma vida. Mas, por outro lado, se dizemos que está possessa e não está, a Igreja ficará muito desprestigiada. Um só deslize neste sentido pode ter péssimas consequências, pois a imprensa só se fixará no erro e não nos êxitos. 
Por isso, convém concentrar experiência em poucas pessoas e não ir começando cada vez com cada caso. E, no caso de os especialistas em descernir deverem estar só na arquidiocese, não haveria problema dadas as facilidades de comunicação que há actualmente. Uma vez que se comprovasse que o caso é verdadeiro, o especialista poderia dar as indicações oportunas para que na diocese onde reside o possesso um sacerdote autorizado proceda ao exorcismo. 
Embora seja suficiente que uma só pessoa observe o caso, convém que sejam três as pessoas integrantes da equipa de descernimento. Três pessoas de distintas idades porque, deste modo, se uma delas morre, não se perderá todo o conhecimento com ela. Por mais que esta ciência do descernimento se ponha por escrito, nada poderá suprir nesta matéria a experiência. Por isso, o facto de o exorcista mais jovem ser ensinado pelo de mais idade é muito benéfico.
Depois, comprovado que um caso é de autêntica possessão e conseguida a autorização, o ideal é que o exorcista tenha uma equipa de leigos que o ajudem durante o exorcismo. Leigos que segurem o possesso e que rezem durante o acto litúrgico. Podem ser entre cinco e dez. Dez podem parecer demasiados, mas se lá estão, a rezar, então não estorva esse número, pois a oração soma-se. A oração desta equipa de leigos que assiste às sessões tem uma grande importância, pois o poder da oração de um grupo é muito superior ao de um sacerdote. 
A equipa de sacerdotes que discernem não tem necessáriamente de ser formada pelos que depois fazem os exorcismos. Como se disse já, o exorcismo é uma operação mais fácil de realizar do que a acção de receber a pessoa e discernir, pois para o exorcismo basta seguir o manual. E se há dúvidas, estas podem ser examinadas com alguém da equipa de descernimento. Mas nenhum manual pode dar a experiência necessária para discernir os casos verdadeiros dos falsos. É nessa tarefa de discernir que mais convém que se acumule a experiência, e, portanto, convém que as pessoas sejam fixas, sempre as mesmas. Por outro lado, exorcizar, se é feito com muita frequência, é um ministério muito pesado, e ainda que pareça paradoxal, é uma função de uma grande monotonia e que custuma cansar. Por isso, discernir é um trabalho e exorcizar é outro. Não devem necessariamente andar unidos. 
Assim, resumindo, o ideal é que o ministério nas grandes arquidioceses se organize com três tipos de pessoas:
Os consultores -> encarregados do discernimento
Os exorcistas -> encarregados de realizar o exorcismo
Os assistentes -> a equipa de leigos que assistem com a sua oração e ajudam nos exorcismos 
Entre os assistentes poderia haver leigos mais fixos neste ministério que se encarregassem do acompanhamento espiritual dos possessos e seus familiares. Na maioria dos casos os possessos precisam de uma verdadeira catequese para se aproximarem de Cristo. 
Alguns destes assistentes podem, com os anos, acumular tal experiência que algum deles poderia chegar a ser algum dos consultores. Se este leigo é, além disso, psiquiatra, o seu juízo parecerá mais justo no momento de discernir os casos. Mas digo parecerá porque, segundo a minha experiência, nada é tão valioso como o sentido comum e a vida espiritual.
 

O ideal é que este ministério se organize bem, com um número sufeciente de pessoas capacitadas para a missão que se lhes vai confiar. Se para isso se considera que é melhor concentrar o ministério na capital da diocese, actue-se dessa maneira. Desde logo, não é obrigatório que em cada diocese haja um exorcista.

O modo como vou expor a organização deste ministério está pensado para uma grande arquidiocese que tenha uma grande afluência de casos para examinar. 

A parte mais delicada deste ministério não é o exorcismo, mas o descernimento, pois se nos equivocamos e dizemos que uma pessoa não está possessa quando na realidade está, estaremos a inflingir por omissão um dano terrível que pode ter de carregar sobre os ombros toda uma vida. Mas, por outro lado, se dizemos que está possessa e não está, a Igreja ficará muito desprestigiada. Um só deslize neste sentido pode ter péssimas consequências, pois a imprensa só se fixará no erro e não nos êxitos. 

Por isso, convém concentrar experiência em poucas pessoas e não ir começando cada vez com cada caso. E, no caso de os especialistas em descernir deverem estar só na arquidiocese, não haveria problema dadas as facilidades de comunicação que há actualmente. Uma vez que se comprovasse que o caso é verdadeiro, o especialista poderia dar as indicações oportunas para que na diocese onde reside o possesso um sacerdote autorizado proceda ao exorcismo. 

Embora seja suficiente que uma só pessoa observe o caso, convém que sejam três as pessoas integrantes da equipa de descernimento. Três pessoas de distintas idades porque, deste modo, se uma delas morre, não se perderá todo o conhecimento com ela. Por mais que esta ciência do descernimento se ponha por escrito, nada poderá suprir nesta matéria a experiência. Por isso, o facto de o exorcista mais jovem ser ensinado pelo de mais idade é muito benéfico.

Depois, comprovado que um caso é de autêntica possessão e conseguida a autorização, o ideal é que o exorcista tenha uma equipa de leigos que o ajudem durante o exorcismo. Leigos que segurem o possesso e que rezem durante o acto litúrgico. Podem ser entre cinco e dez. Dez podem parecer demasiados, mas se lá estão, a rezar, então não estorva esse número, pois a oração soma-se. A oração desta equipa de leigos que assiste às sessões tem uma grande importância, pois o poder da oração de um grupo é muito superior ao de um sacerdote. 

A equipa de sacerdotes que discernem não tem necessáriamente de ser formada pelos que depois fazem os exorcismos. Como se disse já, o exorcismo é uma operação mais fácil de realizar do que a acção de receber a pessoa e discernir, pois para o exorcismo basta seguir o manual. E se há dúvidas, estas podem ser examinadas com alguém da equipa de descernimento. Mas nenhum manual pode dar a experiência necessária para discernir os casos verdadeiros dos falsos. É nessa tarefa de discernir que mais convém que se acumule a experiência, e, portanto, convém que as pessoas sejam fixas, sempre as mesmas. Por outro lado, exorcizar, se é feito com muita frequência, é um ministério muito pesado, e ainda que pareça paradoxal, é uma função de uma grande monotonia e que custuma cansar. Por isso, discernir é um trabalho e exorcizar é outro. Não devem necessariamente andar unidos. 

Assim, resumindo, o ideal é que o ministério nas grandes arquidioceses se organize com três tipos de pessoas:

Os consultores -> encarregados do discernimento

Os exorcistas -> encarregados de realizar o exorcismo

Os assistentes -> a equipa de leigos que assistem com a sua oração e ajudam nos exorcismos 

Entre os assistentes poderia haver leigos mais fixos neste ministério que se encarregassem do acompanhamento espiritual dos possessos e seus familiares. Na maioria dos casos os possessos precisam de uma verdadeira catequese para se aproximarem de Cristo. 

Alguns destes assistentes podem, com os anos, acumular tal experiência que algum deles poderia chegar a ser algum dos consultores. Se este leigo é, além disso, psiquiatra, o seu juízo parecerá mais justo no momento de discernir os casos. Mas digo parecerá porque, segundo a minha experiência, nada é tão valioso como o sentido comum e a vida espiritual.