27 - O QUE É A MORTE ETERNA?

27 - O QUE É A MORTE ETERNA?
 
Um espírito (como uma alma) é indestrutível, não sofre atrito, não sofre desgaste, não pode ser dividido. O espírito não pode morrer. Continuará a existir independentemente dos pecados que cometa, e, por mais que queira morrer, a vida não fugirá dele. Mas o que queremos dizer com a expressão "pecado mortal", "morte eterna" e expressões similares é que a vida sobrenatural de uma alma ou espírito sim, pode morrer. O pecado mortal acaba com a vida sobrenatural. O espírito continua a existir, mas com uma vida meramente natural.
A vontade e a inteligência com todas as suas potências continuam a operar. Mas já não há vida da graça. O espírito, quanto à graça, está como um cadáver. Esta expressão pode parecer hiperbólica, mas é exacta. O espírito que peca mortalmente é como um cadáver inanimado, inanimado pela graça santificante. Desde esse momento só vive para a natureza e pela sua natureza. O seu espírito está desprovido de sobrenatural.
E desde o momento em que a graça deixa de vivificar um espírito, tal como sucede com um corpo que já não está vivificado por uma alma, começa a corrupção. Assim como um corpo começa a transformar-se em corrupção, assim o espírito começa a corromper-se na medida em que a sua vontade vá cedendo.
São muitos os homens que vivem só para a natureza do seu ser, esquecendo completamente a sobrenaturalidade que Deus lhes daria com gosto. O nível de corrupção varia muito segundo a pessoa, mas se pudéssemos assomar aos espíritos de algumas delas, veríamos que são verdadeiros cadáveres que expelem um fedor como o de um cadáver em avançado estado de decomposição.