“TOME A SUA CRUZ”

“TOME A SUA CRUZ”
18. Tome a sua cruz! A sua! Seja ele homem ou mulher — essa mulher extraordinária,
cujo “valor é bem superior às pérolas” *** e que dinheiro algum do mundo poderia pagar — sim, tome com alegria, abrace com ardor e carregue com coragem a própria cruz: mas a sua, e não a de outro.Tome a sua cruz! Ou seja, aquela cruz que a minha sabedoria determinou para ele “em
número, peso e medida””***; a sua, aquela que eu medi para ele com as minhas próprias mãos e
com grande precisão, respeitando as quatro dimensões: espessura, comprimento, largura e
profundidade; a sua cruz, ou seja, aquela que eu mesmo, com amor infinito, cortei daquela mesma cruz que levei ao Calvário; a sua cruz, que é o maior presente que posso fazer a meus eleitos na terra; sua cruz, que é composta, na sua espessura, pela perda de bens, humilhações, desprezo, dores, doenças e provações espirituais que, cada dia até à morte, a minha Providência lhe vai reservando; a sua cruz que, no seu comprimento é composta por um determinado período de dias ou de meses em que se verá aniquilado pela calúnia, ou imobilizado em cima de uma cama, ou reduzido ao estado de pedinte, ou tomado por tentações, aridez, abandono ou outras mortificações de ordem espiritual; a sua cruz que,na sua largura, é composta por um conjunto de circunstâncias muito duras e amargas, por parte de amigos, familiares e parentes; a sua cruz que, na sua profundidade, é composta pelas mais recônditas provações com que o porei à prova, e sem que ele possa encontrar conforto nas criaturas que, além do mais, até lhe voltarão as costas e, tal como eu, o farão sofrer. 
 
19. Tome a sua cruz! E não deverá arrastá-la, sacudi-la, reduzi-la ou escondê-la.
Pelo contrário, leve-a bem erguida nas suas mãos, sem impaciência nem azedume, sem murmurações ou queixumes propositados, sem expedientes ou subterfúgios para se procurar um natural alívio, enfim, sem qualquer vergonha ou respeito humano. Tome a sua cruz! Ponha-a bem na sua fronte, repetindo com São Paulo: “Deus me livre de me gloriar a não ser na Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”, Coloque-a em cima das próprias costas, tal como fez Jesus Cristo, a fim de que a Cruz se tome a arma das suas conquistas e o cetro do seu império”, Coloque-a, com amor, no seu próprio coração, para transformá-la numa tocha que queime, dia e noite, no mais puro amor de Deus, sem se consumar”**”*.
 
20. Tome a sua cruz! Na verdade, nada é tão necessário, nada tão útil e doce, nada
tão glorioso quanto o padecer por Jesus Cristo. Nada é tão necessário quanto o padecer por Jesus Cristo.
18. Tome a sua cruz! A sua! Seja ele homem ou mulher — essa mulher extraordinária,
cujo “valor é bem superior às pérolas” *** e que dinheiro algum do mundo poderia pagar — sim, tome com alegria, abrace com ardor e carregue com coragem a própria cruz: mas a sua, e não a de outro.Tome a sua cruz! Ou seja, aquela cruz que a minha sabedoria determinou para ele “em 
número, peso e medida””***; a sua, aquela que eu medi para ele com as minhas próprias mãos e
com grande precisão, respeitando as quatro dimensões: espessura, comprimento, largura e
profundidade; a sua cruz, ou seja, aquela que eu mesmo, com amor infinito, cortei daquela mesma cruz que levei ao Calvário; a sua cruz, que é o maior presente que posso fazer a meus eleitos na terra; sua cruz, que é composta, na sua espessura, pela perda de bens, humilhações, desprezo, dores, doenças e provações espirituais que, cada dia até à morte, a minha Providência lhe vai reservando; a sua cruz que, no seu comprimento é composta por um determinado período de dias ou de meses em que se verá aniquilado pela calúnia, ou imobilizado em cima de uma cama, ou reduzido ao estado de pedinte, ou tomado por tentações, aridez, abandono ou outras mortificações de ordem espiritual; a sua cruz que,na sua largura, é composta por um conjunto de circunstâncias muito duras e amargas, por parte de amigos, familiares e parentes; a sua cruz que, na sua profundidade, é composta pelas mais recônditas provações com que o porei à prova, e sem que ele possa encontrar conforto nas criaturas que, além do mais, até lhe voltarão as costas e, tal como eu, o farão sofrer. 
 
19. Tome a sua cruz! E não deverá arrastá-la, sacudi-la, reduzi-la ou escondê-la.
Pelo contrário, leve-a bem erguida nas suas mãos, sem impaciência nem azedume, sem murmurações ou queixumes propositados, sem expedientes ou subterfúgios para se procurar um natural alívio, enfim, sem qualquer vergonha ou respeito humano. Tome a sua cruz! Ponha-a bem na sua fronte, repetindo com São Paulo: “Deus me livre de me gloriar a não ser na Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”, Coloque-a em cima das próprias costas, tal como fez Jesus Cristo, a fim de que a Cruz se tome a arma das suas conquistas e o cetro do seu império”, Coloque-a, com amor, no seu próprio coração, para transformá-la numa tocha que queime, dia e noite, no mais puro amor de Deus, sem se consumar”**”*.
 
20. Tome a sua cruz! Na verdade, nada é tão necessário, nada tão útil e doce, nada
tão glorioso quanto o padecer por Jesus Cristo. Nada é tão necessário quanto o padecer por Jesus Cristo.