Minhas irmãs ficaram essa noite trabalhando para me fazer o
	vestido branco e a grinalda de flores. Eu, com a alegria, não podia
	dormir; e as horas não havia maneira de passarem. Levantava-
	-me, pois, constantemente, para ir junto delas perguntar-Ihes se
	ainda não era dia, se me queriam provar o vestido, a grinalda, etc.
	Amanheceu, por fim, o feliz dia, mas as nove horas, quanto
	tardaram! Já vestida com o meu vestido branco, minha irmã Maria
	levou-me à cozinha para eu pedir perdão a meus pais, beijar-lhes
	a mão e pedir-lhes a bênção. Terminada a cerimónia, minha mãe
	fez-me as últimas recomendações. Disse-me o que queria que eu
	pedisse a Nosso Senhor quando O tivesse em meu peito e despediu-me com estas palavras: – Sobretudo, pede a Nosso Senhor
	que te faça uma santa – palavras que se me gravaram tão indeléveis, no coração, que foram as primeiras que disse a Nosso Senhor logo que O recebi. E ainda hoje me parece ouvir o eco da voz
	de minha mãe a repetir-mas.
	Lá fui, caminho da Igreja, com minhas irmãs; e para não me
	manchar com o pó do caminho, levou-me ao colo meu irmão. Logo
	que cheguei à Igreja, corri aos pés do altar de Nossa Senhora a
	renovar o meu pedido. Aí me fiquei, na contemplação do sorriso de
	ontem, até que minhas irmãs me foram buscar para me colocar no
	lugar que me estava destinado. As crianças eram muitas. Formavam quatro filas desde o fundo da Igreja até à balaustrada, 2 de
	meninos e 2 de meninas. Como eu era a mais pequenina, calhou-
	-me ficar junto dos anjos, no degrau da balaustrada.
	( 6 ) Esta linda imagem encontra-se ainda hoje na Igreja Paroquial.
		Minhas irmãs ficaram essa noite trabalhando para me fazer o
	
		vestido branco e a grinalda de flores. Eu, com a alegria, não podia
	
		dormir; e as horas não havia maneira de passarem. Levantava-
	
		-me, pois, constantemente, para ir junto delas perguntar-Ihes se
	
		ainda não era dia, se me queriam provar o vestido, a grinalda, etc.
	
		Amanheceu, por fim, o feliz dia, mas as nove horas, quanto
	
		tardaram! Já vestida com o meu vestido branco, minha irmã Maria
	
		levou-me à cozinha para eu pedir perdão a meus pais, beijar-lhes
	
		a mão e pedir-lhes a bênção. Terminada a cerimónia, minha mãe
	
		fez-me as últimas recomendações. Disse-me o que queria que eu
	
		pedisse a Nosso Senhor quando O tivesse em meu peito e despediu-me com estas palavras: – Sobretudo, pede a Nosso Senhor
	
		que te faça uma santa – palavras que se me gravaram tão indeléveis, no coração, que foram as primeiras que disse a Nosso Senhor logo que O recebi. E ainda hoje me parece ouvir o eco da voz
	
		de minha mãe a repetir-mas.
	
		Lá fui, caminho da Igreja, com minhas irmãs; e para não me
	
		manchar com o pó do caminho, levou-me ao colo meu irmão. Logo
	
		que cheguei à Igreja, corri aos pés do altar de Nossa Senhora a
	
		renovar o meu pedido. Aí me fiquei, na contemplação do sorriso de
	
		ontem, até que minhas irmãs me foram buscar para me colocar no
	
		lugar que me estava destinado. As crianças eram muitas. Formavam quatro filas desde o fundo da Igreja até à balaustrada, 2 de
	
		meninos e 2 de meninas. Como eu era a mais pequenina, calhou-
	
		-me ficar junto dos anjos, no degrau da balaustrada.
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