COMUNHÃO SACRAMENTAL - PRIMEIRAS 6 QUINTAS FEIRAS 

 
 
 
Jesus confia a Alexandrina a difusão da devoção das seis primeiras quintas feiras:
 
 

«Minha filha, Minha esposa querida, faz com que Eu seja amado, consolado e reparado na Eucaristia. Diz em Meu nome que todos aqueles que comungarem bem, com sincera humildade, fervor e amor em seis primeiras quintas feiras seguidas e junto do Meu Sacrário passarem uma hora de adoração, e íntima união coMigo, lhes prometo o Céu.

É para honrarem pela Eucaristia as Minhas Santas Chagas, honrando primeiro a do Meu Sagrado ombro, tão pouco lembrada.

Quem isto fizer, quem às Santas Chagas juntar as dores da Minha Bendita Mãe, e em nome delas nos pedirem graças, quer espirituais, quer corporais, Eu lhas prometo, a não ser que sejam de prejuízo à sua alma. No momento da morte trarei coMigo Minha Mãe Santíssima para as defender.»

(Sentimentos da Alma; 25/02/1949)

 

 

 

Ainda antes de Jesus lhe falar da devoção das primeiras quintas feiras, Alexandrina valorizava o dia das quintas feiras. Vejamos um excerto de duas cartas ao Pe. Mariano Pinho:

«Cá estou eu, ao fazer os oito dias, de novo a escrever a Vª Rev.cia.. e que belo dia, por ser uma quinta feira, dia em que Nosso Senhor instituiu o Santíssimo Sacramento.»

(Cartas ao Pe. Mariano Pinho, 11/10/1934)

 

 

Alexandrina:

«Meu P. (Paizinho)

Cá estou eu na quinta feira a escrever a Vª Rev.cia. é o meu dia: pois não foi numa quinta feira que Nosso Senhor instituiu o Santíssimo Sacramento?»

(Cartas ao Pe. Mariano Pinho, 20/12/1934)

 

Aqui se destacam algumas datas e factos importantes da vida e da evolução mística de Alexandrina Maria da Costa.

Os fenómenos místicos vão grifados.

 

1904  março, 30: Alexandrina nasce em Balasar, distrito do Porto. (Portugal)

1911  Desde janeiro, até ao final de julho de 1912, vive numa pensão na Póvoa de Varzim, onde frequenta a 1.ª classe primária. Recebe a 1.ª Comunhão das mãos do Padre Álvaro de Matos, na igreja Matriz, e o Santo Crisma das mãos do Senhor D. António Barbosa Leão, Bispo do Porto (1911).

1913 Aplica-se ao trabalho para ganhar o sustento. Membro do grupo coral da paróquia e catequista. Primeiras manifestações do seu amor pela oração mental.

1916   Adoece com tifo e recebe os Últimos Sacramentos. A mãe coloca-lhe na mão o crucifixo, e ela: «Não é este que eu quero, mas Jesus Eucarístico.»

1918  Serve em casa de um vizinho. Por motivos de saúde, deve deixar o trabalho para sempre. – Alguns meses na Póvoa para tratamento. – No mês de março salta da janela para salvar a sua pureza.

1923    O médico João de Almeida, do Porto, prevê que ficará paralisada.

1925   abril, 14 – Recolhe ao leito para sempre. – Sem saber como, oferece-se como vítima e começa a pedir o amor ao sofrimento. – Inicia os seus meses de maio, celebrados com solenidade, em honra de Nossa Senhora.

1928   A ida duma peregrinação paroquial a Fátima dá-lhe o desejo da cura e faz novenas. – Desiludida, é assaltada por um pensamento: «Jesus está no Tabernáculo prisioneiro; também eu sou prisioneira». – Compõe a oração aos Sacrários. – Florinhas para reparação eucarística.

1930  Invade-lhe o coração um forte calor que a arrebata as suas longas orações.

1931    Primeiro convite íntimo de Jesus à imolação: «Amar, Sofrer, Reparar».

1933  O pároco que lhe levava Jesus todos os dias, é substituído pelo Padre Leopoldino Rodrigues Mateus (3-7-1933); este, no princípio, dá-lhe a Comunhão só nas primeiras sextas feiras, depois todos os dias – agosto, 16 -20: Encontro com o seu primeiro Diretor Padre Mariano Pinho, S.J. – outubro, 18: Recebe a Fita Filha de Maria. – novembro, 20: É celebrada a primeira Missa no seu quarto.

1934   setembro, 6: Primeiro convite à crucificação: «Dá-Me as tuas mãos, os teus pés, Eu quero cravá-los». – setembro, 8: Jesus torna-se o seu mestre. – setembro, 4: O demónio começa a atormentá-la na imaginação. outubro, 5 e 10: Promessa de desposório espiritual com o Divino Esposo. outubro, 11: Convite à missão de vítima: «Ajuda-Me na redenção do género humano». outubro, 15: Jesus artista da sua alma. – dezembro, 20: Jesus confia-lhe os Sacrários e os pecadores.

1935  Soleniza o mês de Maria com florinhas diárias escritas por ela; a consagração no fim do mês. – julho, 30: Jesus pede-lhe pela primeira vez a consagração do mundo ao Coração Imaculado de Maria; ordena-lhe que o diretor escreva ao Papa para este fim.

1936   Festa da SS Trindade: passa pela primeira morte mística.

1937  abril: tendo-se agravado muito a sua saúde, o Pároco resolve-se a levar-lhe a Sagrada Comunhão todos os dias. – maio, 31: o Padre António Durão, S.J., examina, Alexandrina, em nome da Santa Sé, sobre o seu pedido para a Consagração. Desde julho a 7 de outubro, vinganças e perseguições visíveis do demónio. – A Sr.ª Dª Fernanda dos Santos de, Lisboa, já falecida, socorre a pobreza de Alexandrina.

1938  outubro, 3: Pela primeira vez sofre a Paixão, que se repetirá todas as sextas feiras até 20 de março de 1942. – abril, 5: Jesus confirma o desposório espiritual com a alma de Alexandrina. – Purificação dos sentidos manifestados através de uma sede abrasadora e a sensação de odores insuportáveis; o que sucede imediatamente depois da primeira Paixão. – Segundo exame da santa Sé feita pelo cónego Padre Manuel P. Vilar. – dezembro, 6: Viagem ao Porto, para ser examinada pelos médicos. – dezembro, 26: Exame pelo professor Elísio Moura.

1939  março, 20: «Jesus prediz-lhe a respeito do novo Pontífice Pio XII: É este Papa que consagrará o mundo ao Coração da Minha Mãe». – junho, 16: Festa do Sagrado Coração: pede pela última vez ao Papa a consagração do mundo ao Coração de Maria. – janeiro, 20; junho, 13; junho, 28: Jesus prediz-lhe a guerra como castigo de graves pecados. – A Alexandrina oferece-se como vítima pela paz.

1940  julho, 4: Oferece-se vítimas com outras almas do mundo em união com Nossa Senhora para obter a paz ao menos para a sua pátria, Jesus aceita a oferta e afirma-lhe categoricamente: «Portugal será salvo». –dezembro, 6: Jesus assegura-lhe que o Santo Padre seria poupado fisicamente aos horrores da guerra, mas que sofreria muito moralmente.

1941  janeiro, 4; abril, 5: Jesus pede-lhe com insistência a Consagração para obter a paz no mundo. – fevereiro, 14: O Dr. Manuel Augusto Dias Azevedo, torna-se seu médico assistente, «o médico providencial»; junho, 15: Visita médica ao Porto.   

1942  janeiro, 7: Perde o seu primeiro Diretor. – janeiro, 20: Padre Pinho dá-lhe como confessor o Padre Alberto Gomes. – março, 20: Sofre pela última vez a paixão; março, 27: piora e administram-lhe os Sacramentos; entra na segunda morte mística e muito dolorosa, porque assiste a uma espécie de destruição e de incineração do próprio corpo; até 24 de outubro de 1944; dita as suas últimas disposições, persuadida de que vai morrer; começa o jejum completo e a anúria, vivendo somente da Eucaristia até à morte (outubro de 1955): em lugar da paixão, terá de agora em diante os êxtases das sextas feiras. – no mesmo dia prediz a próxima Consagração ao Coração de Maria.  – setembro, 5: sente que será transformada pelo amor.

1943  De 10 de junho a 20 de julho: no Refúgio de Paralisia Infantil, é observada pelo Dr. Araújo quanto ao jejum e anúria. – outubro, 11: Jesus confirma-lhe que Portugal será livre da guerra. – outubro, 31: Sofre as penas do purgatório.

1944  fevereiro: Separação do espírito da alma. – maio, 13: Misticamente sepultada. – junho, 21: Primeiro encontro com o Padre Humberto Pasquale, S.D.B., que será o seu segundo Diretor. – junho, 3: Jesus entrega-lhe o Coração. – agosto, 5: Jesus como um ladrão entra nela e leva-lhe aquilo que é a vida para o corpo: esta parte passa um dia no Céu, e o corpo permanece na maior dor. Críticas e calúnias contra a sua vida (verão). – setembro, 8: O Pe. Humberto toma oficialmente a sua direção espiritual. – outubro, 24: começa a sofrer a Paixão íntima de Jesus, que durará até à morte. – No outono sofre a grandes intervalos as penas do inferno, com fases mais ou menos imensas até outubro de 1945. – outubro, 24: Sente-se como Sacrário da SS. Trindade. – novembro, 4: Operações Divinas do Espírito Santo. – novembro, 10: Setas de amor penetram-lhe o coração. – novembro, 16: Reconhece-se sensivelmente transformada em Cristo. – novembro, 27: Jesus chama-lhe «Bendita de Meu Pai». – Primeiro sábado do mês: É coroada rainha de Nossa Senhora. – dezembro, 8: Jesus e Nossa Senhora entregam-lhe e fecham no coração a humanidade. – Tentativas de lhe tirarem o Diretor. – dezembro, 29: Seu matrimónio místico.

1945  É inscrita entre os Cooperadores Salesianos. – fevereiro, 26: Sente-se transformada em pecado e desconta durante longo tempo as várias categorias de pecados. – março, 3: Jesus dilata-lhe o coração. março, 19: Mensagem para as famílias: imitar a família de Nazaré. – abril, 24: Promessa de perseverança, privilégio de que se encontram alusões em outros lugares; por exemplo: no êxtase de 23 de junho de 1944, referido neste volume. – maio, 11: Mudanças de corações entre Jesus e ela. – maio, 20: União dos dois corações. – junho, 26: Jesus transforma-a n’Ele. – julho, 23: Admitida à contemplação da SS. Trindade. – agosto, 13:Contempla novamente a Trindade Augusta. – agosto, 23: Revestida e como que transformada em pecado. – setembro, 1: Novas e grandes manifestações da sua transformação em Cristo. – setembro, 14: Jesus derrama-se a Si mesmo no coração da Alexandrina.

1946  janeiro, 4-16: Mística ressurreição e Ascensão ao Céu. –janeiro, 11: Divinas operações do Espírito Santo, durante este ano sente em si a ação do Eterno Pai (o documento não tem data). – outubro, 3: É colocada sobre duas tábuas e assim permanecerá até à morte. novembro, 1: Mística ressurreição. – novembro, 22: Novos dardos de amor lançados por uma revoada de anjos. – novembro, 24: Novos exames de um teólogo e de um médico ateu, que a deixa em estado doloroso. – dezembro, 25: Uma cartinha importante ao Menino Jesus, em que renuncia à realização das promessas de Deus e à sua própria vida.

1947  abril, 4: Mística descida ao limbo. abril, 15: Confirmação do seu matrimónio místico. – julho, 20: Sentindo-se mal, escreve a sua carta-testamento aos pecadores.

1948  fevereiro, 6: Vive por longo tempo o mistério da Igreja, simbolizada na torre descrita por Hermas.Reviverá este símbolo especialmente desde 1953 em diante. Naquele período, durante alguns êxtases, soltará este apelo aflito: «A Igreja! A Igreja!» - penetrará…na Paixão íntima de Jesus. – julho, 14: Escreve uma cartinha aos pecadores, para ser colocada no seu jazigo. – setembro, 23: Perde o seu segundo Diretor.

1949  abril, 22: Vive o símbolo da torre. junho, 24: Jesus encarrega-a de distribuir as riquezas do seu Divino Coração. – setembro, 2: Jesus promete-lhe chamar ao seu túmulo muitos pecadores e convertê-los. – outubro, 2: Nossa Senhora pede-lhe para prender a ela as almas com o Rosário.

1950  março, 10: Jesus mostra-lhe a necessidade de que se multipliquem no mundo as almas das vítimas.outubro, 20: Desde há tempos, carregando os pecados, parece-lhe envenenar a humanidade com todos os seus sentidos.

1951  janeiro, 26: Vê a torre, Igreja gravemente ameaçada por todas as feras. – fevereiro, 2: Parece-lhe ser como um sepulcro imenso, no qual deve fechar toda a mortalidade dum mundo que peca, para dar a vida a todos, a vida de Cristo. – março, 23: Jesus promete-lhe que não a deixará nenhuma sexta feira sem a comunhão, à falta de sacerdote, em tal dia, desde então, comungará das próprias mãos de Jesus ou dum anjo.

1952  janeiro, 5: Jesus promete-lhe que muitas almas se tornarão, pelo seu exemplo, ardentemente eucarísticas. Durante este ano aumenta espantosamente o número das pessoas que visitam a Alexandrina. –Tem a sensação de ser como um pescador que tem muitas redes para lançar às almas. Jesus afirma-lhe: «Tu vives a Minha vida pública». – maio, 30: Jesus afirma-lhe: «Nunca, nunca Me afastei de ti desde o teu batismo.»

1953  No dia de S. José recebe em audiência 570 pessoas, idas a Balasar aproveitando todos os meios de transporte. – maio, 9: Recebe quase duas mil pessoas, fala cerca de dez horas. – junho, 5: Recebe perto de cinco mil pessoas e no dia 10 perto de seis mil; foram contados 180 automóveis e muitas dezenas de camionetas. Depois destas audiências, os grupos de cinquenta aproximadamente, foi-lhe perguntado se ela se sentia cansada, e ela respondia: «Poderia receber outras tantas». novembro, 20: Jesus chama à habitação da Alexandrina «Calvário dos Pecadores». – dezembro, 25: Último êxtase público, está-se cumprindo a promessa: aproxima-se o fim. Visão da SS: Trindade.

1954  abril, 9: 12º aniversário de jejum total; Jesus diz-lhe: «Coloquei-te no mundo, faço que tu vivas só de Mim para provar ao mundo aquilo que vale a Eucaristia e aquilo que é a Minha vida nas almas». – Nestes últimos tempos desconta os pecados contra a fé e a esperança. – setembro, 10: Como em tempo ido, na morte mística, animais e aves lhe devoravam o corpo, agora porém sente que lhe devoram a alma. – outubro, 1: A sua missão: «Incendiar o mundo com o amor de Jesus e de Maria». – 1ª sexta feira: Místicos estigmas de amor.

1955  janeiro, 7: Jesus prediz-lhe a morte: «Estás no teu ano, estás no teu ano, estás no teu ano!» - janeiro, 28: Afirma-lhe: «Estás posta no número dos Meus santos». – fevereiro, 4: O Eterno Pai diz-lhe: «Esta é a Nossa filha bem amada, em que foram sempre postos os Nossos olhares». – março, 4: Martírio do olfato atormentado por insuportáveis odores. – maio, 6: O Coração Imaculado de Maria diz-lhe: «Dentro de pouco venho buscar-te». – outubro, 13: Voa para o Céu.

1965  O salesiano diretor espiritual de Alexandrina, a convite do Arcebispo de Braga, inicia o processo diocesano sobre as virtudes de fama e santidade de Alexandrina.

1966  Recolhem-se os escritos enviados aos destinatários.

1967  Abre-se o processo diocesano sobre todos os escritos e começam a ser interrogadas, pelo tribunal eclesiástico, 48 testemunhas.

1973 Presente o Postulador Geral dos Salesianos, encerra-se o processo diocesano. A 21 de maio são abertas, pela Sagrada Congregação as duas caixas de escritos de testemunhos.

1974  A 26 de março, o primeiro teólogo, encarregado pela Santa Sé, dá o seu voto positivo acerca dos escritos da Serva de Deus.

1976   A 30 de novembro, o segundo teólogo dá também o seu voto positivo.

1977  A Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé dá o «Nihil obstat» para tratar da causa.

1978  A 18 de julho, os restos mortais de Alexandrina são trasladados do cemitério e depositados numa capela preparada na igreja paroquial. A Sagrada Congregação para as Causas dos Santos emana o decreto que aprova os escritos. Em setembro, a Postulação publica o Sumário das Virtudes extraído dos testemunhos do processo diocesano.

1979  Solicitam-se a cardeais e Bispos, à conferência Episcopal Portuguesa e a Eminentes Personalidades da Igreja, «Cartas Postulatórias» dirigidas ao Santo Padre para pedir a beatificação da Serva de Deus.~

1980  A 25 de julho, face a provas recolhidas, a Causa merece ser aceite para ser estudada, sendo então apresentado um pedido formal ao Santo Padre.

1995  Cura milagrosa de uma senhora que sofria da doença de Parkinson. Estudado o caso, foi enviado pelo Tribunal Diocesano de Braga, um relatório aos médicos da Santa Sé.

1996  A 12 de janeiro, é declarada Venerável pela Congregação para as Causas dos Santos.

2004  A 25 de abril, a Alexandrina é beatificada, em Roma, pelo Papa João Paulo II.