2. MAS A MAÇONARIA NÃO É CONTRA A IGREJA!

2. MAS A MAÇONARIA NÃO É CONTRA A IGREJA!

 

Bem sabemos que a propaganda maçônica gosta de re­petir e de alardear seus amores à Igreja Católica. Na realidade temos, porém, e infelizmente, dema­siados documentos maçônicos autentico e que provam exatamente o contrário. Citaremos apenas al­guns exemplos:

 

A) Aos 24 do 10º mês do ano de 5908 V.-. L.-. o Sob.-. Gr.-. Mestr.-. Gr.-. Comm.-. da Or.-. no Brasil expediu o decreto nº 406, em que submeteu à apreciação das lojas do Brasil inteiro uma série de teses que deviam preparar um Con­gresso Maçônico Brasileiro. Entre as teses assim oficialmente propostas pela maior autoridade maçônica no Brasil, encontramos as seguintes:

 

«Decretada, sob o novo regime político vigente em nossa pátria, a separação da Igreja e do Es­tado, e feita a completa discriminação de esferas de competência dos poderes espiritual e temporal, não é admissível que a República mantenha uma legação junto à Santa Sé;

 

«Devendo ser leigo o ensino ministrado nos es­tabelecimentos de instrução pública, não podem a este ser equiparados os institutos mantidos por Congregações religiosas;

 

«Tendo o casamento deixado de ser considerado Sacramento, consagrando-o a lei civil como um con­trato solene sui generis, a que estão ligados os mais vitais interesses da família e da sociedade, é lógico desse caráter jurídico deduzir-se, como natural e ne­cessário, o divórcio a vínculo;

 

«Sendo a ciência a grande benfeitora da huma­nidade, e cabendo-lhe a direção material, intelectual e moral da sociedade, os serviços de catequese e civilização dos selvagens não são da competência exclusiva ou especial dos representantes das reli­giões do passado;

 

«A Maçonaria condena como contrária à moral e anti-social a existência de corporações religiosas, que segregam seres humanos da sociedade e da família».

 

Reuniu-se depois o Congresso Maçônico Brasilei­ro, em que foram tomadas as seguintes conclusões definitivas:

 

«A Maçonaria se empenhará para que seja supressa a legação junto à Santa Sé;

 

«que se torne obrigatória a precedência do ca­samento civil;

 

«que se decrete o divórcio a vínculo;

 

«que se negue competência especial aos repre­sentantes das religiões para a catequese e civili­zação dos selvagens;

 

«que seja condenada como contrária à moral e anti-social, a existência de corporações religiosas que segregam seres humanos da sociedade e da família».

 

Esta é a vontade deliberada e oficial não de um ou outro maçom isolado e anticlerical, mas da Maçonaria Brasileira em peso, tendo sido anterior­mente interrogadas todas as lojas do território na­cional sobre cada um destes pontos em particular.

 

B) O Grande Oriente Estadual de São Paulo convocou, por sua vez, um Congresso Estadual e dirigiu às lojas do Estado perguntas sobre a conveniência ou não de fazer frente ao clericalismo e sobre os meios que deveriam ser para isso empre­gados. Temos em mão um exemplar de todas as respostas dadas pelas lojas daquele Estado. E eis aqui apenas uma pequena seleção de propostas ofi­ciais feitas pelas lojas para enfrentar o clero:

 

«Agir perante o governo no sentido de impe­dir e dificultar a atividade do clero;

 

«Propor ao Congresso Nacional projetos de leis próprias e necessárias que proíbam a entrada de padres estrangeiros;

 

«Exigir do Governo leis e medidas que expul­sem o clero e proíbam sua invasão;

 

«Aos maçons políticos, que fizerem parte das corporações legislativas, deve-se pedir que sejam pertinazes na apresentação de projetos de lei proibin­do o noviciado ou mesmo taxando os eclesiásticos com impostos pesados, sendo o produto aplicado na construção de asilos para velhos e em confor­to dos que padecem, etc., de modo a tornar esse imposto simpático aos olhos dos desgraçados mes­mo que sejam católicos;

 

«Conseguir a eleição de um maçom adiantado e ativo para Presidente da República;

 

«Procurar conseguir preponderância absoluta, mas secreta, dos maçons nos meios governamentais;

 

«Unir todas as forças maçônicas para uma ação conjunta e uniforme contra o clero;

 

«Isoladamente e em conjunto os maçons devem negar sistematicamente todo e qualquer auxílio ma­terial e moral às associações religiosas e ao clero em geral;

 

«Cada chefe de família deve fazer o possível para evitar que sua família seja contaminada pe­los sentimentos e práticas pregadas pelo clero;

 

«Laicizar a sociedade atual por meio da im­prensa ;

 

«Demonstrar a nefasta influencia do jesuitismo na sociedade humana;

 

«Servir-se da imprensa, livro, revista, conferen­cias, congressos, etc., para aclarar os espíritos so­bre o perigo latente no clero, criando um grupo de Irmãos dedicados e inteligentes para guiar a na­ção à Canaã da liberdade do pensamento;

 

«Ordenar às Lojas que organizem conferencias públicas e congressos contra o clero;

 

«A Maçonaria unida deve fazer propaganda ativa e persistente, destinada à demonstração dos erros e perigos da educação fradesca; .

 

«Defender e propagar a instrução pública emi­nentemente leiga, afastando os padres das escolas;

 

«Proíba-se o funcionamento das instituições edu­cativas com caráter religioso, onde predomina a roupeta;

 

«Impedir a influencia do padre sobre a mulher;

 

«Afastar a mulher do confessionário, emancipá-la da tutela que sobre ela pretende ter o padre, é o passo mais agigantado para se combater esse monstro audaz e terrível que se denomina cleri­calismo ;

 

«É necessário enfrentar o clericalismo até en­forcar o último Papa com os intestinos do último frade».

 

C) O periódico maçônico de Niterói, O Malhete, de 5-7-1953, publicou na p. 6 os «deveres de um verdadeiro liberal» ou maçom, e que são, literalmente:

 

«1) Não casar religiosamente na Igreja;

 

«2) não batizar seus filhos na mesma igreja;

 

«3) não servir de padrinho desses casamentos, batizados ou confirmações;

 

«4) não confiar à Igreja nem a adeptos seus, a educação de seus filhos;

 

«5) declarar querer civil o seu funeral;

 

«6) não fazer nem assistir a funerais religiosos;

 

«7) não dar à Igreja, seja qual for o pretexto, dinheiro algum;

 

«8) não se associar, direta ou indiretamente, a nenhuma cerimônia dessa Igreja;

 

«9) manter longe de seu lar os chamados «Mi­nistros do Senhor».

 

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