
Os Jesuítas, formalmente conhecidos como a Companhia de Jesus, são uma ordem religiosa católica fundada por Santo Inácio de Loyola e um grupo de seguidores em 1534. A ordem foi aprovada pelo Papa Paulo III em 1540 e tem como missão central a educação, evangelização e reforma espiritual. Desde a sua fundação, tornaram-se um dos braços mais influentes da Igreja Católica, com presença mundial e forte atuação na área da educação e no trabalho missionário.
FUNDAÇÃO E OBJETIVOS
A ordem foi fundada por Santo Inácio de Loyola, um militar espanhol que, após ser ferido em batalha, dedicou-se ao sacerdócio e a uma intensa vida de oração.
Os seus membros, os jesuítas, assumiram votos de pobreza, castidade e obediência ao Papa.
O lema da Companhia é "Ad maiorem Dei gloriam" (Para a maior glória de Deus).
O objetivo inicial era ajudar as pessoas através do Evangelho, mas a missão expandiu-se para abranger a educação, a evangelização em novas terras, e o apoio a quem mais precisa.
ATUAÇÃO NO BRASIL
Os jesuítas chegaram ao Brasil em 1549, com a missão de catequizar os indígenas.
Estabeleceram grandes colégios e missões, como o Colégio São Paulo de Piratininga em 1554, ao redor do qual nasceu a cidade de São Paulo.
Entraram em conflito com a Coroa Portuguesa devido à oposição ao trabalho escravo indígena, o que levou à supressão da ordem no Brasil no século XVIII.
ATUALMENTE
A Companhia de Jesus continua a ser a maior ordem da Igreja Católica, com cerca de 18.000 padres no mundo.
O atual Papa, Francisco I, é o primeiro jesuíta a ocupar o cargo, e a sua eleição trouxe um novo vigor à ordem.
A ordem mantém um forte foco na educação, com a manutenção de dezenas de instituições de ensino no Brasil, como o Colégio Santo Inácio-RJ e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
A sua missão atual inclui o diálogo intercultural e inter-religioso, a promoção da justiça, o serviço da fé e o cuidado com o meio ambiente.
BREVE HISTÓRIA DOS JESUÍTAS
A Companhia de Jesus, ou os “Jesuítas” como normalmente é designada, é uma Ordem Religiosa da Igreja Católica. Mas tudo começou com o sonho de sete estudantes que se conheceram na Universidade de Paris. Inspirados por Inácio de Loiola, um dos sete companheiros, queriam identificar-se com Jesus, indo para a Terra Santa, anunciando a Sua palavra e cuidando dos mais pobres. Partiram em 1534 mas não foram autorizados a permanecer naquele lugar. De regresso à Europa, colocaram-se ao serviço do Papa para servir a Igreja no que fosse mais urgente e necessário. A 27 de setembro de 1540, o Papa Paulo III aprovou a Companhia de Jesus. Quando Inácio de Loyola morreu, em 1556, já havia no mundo perto de 1000 jesuítas.
Participando da missão de Jesus de reconciliar o mundo com Deus, os jesuítas dedicam-se a uma grande variedade de atividades, procurando que a sua ação contribua para a evangelização do mundo, a defesa da fé e a promoção da justiça. Fazem-no numa atitude de abertura profética ao mundo, promovendo o diálogo cultural e inter-religioso e estabelecendo pontes com os vários setores da sociedade, de modo a que as periferias estejam no centro das preocupações da Igreja.
ONDE ESTAMOS?
Desde a fundação, os jesuítas espalharam-se pelo mundo, em missão. Há, por isso, comunidades jesuíticas em mais de 120 países. Estão organizadas por províncias e regiões e mantêm sempre uma ligação a Roma, onde reside o Superior Geral e a Cúria Geral.
No início de janeiro de 2017 havia no mundo 16.090 Jesuítas: 11.574 sacerdotes, 1.133 irmãos, 2469 escolásticos (estudantes que se preparam para o sacerdócio) e 734 noviços. Estavam distribuídos e organizados em 85 Províncias e Regiões jesuíticas a que correspondem mais de 120 países.
A missão da Companhia não se circunscreve ao trabalho dos jesuítas, sendo feita em estreita colaboração com leigos e comunidades. Por isso, muitas obras ligadas à Companhia são dirigidas por leigos que, inspirados pela espiritualidade ou apenas entusiasmados com a missão dos jesuítas no mundo, assumem todo o tipo de tarefas e responsabilidades.
A família inaciana vai, contudo, muito para além dos jesuítas e das suas obras e comunidades, pois há muitos grupos e associações laicas que seguem a espiritualidade inaciana, assumindo um dinâmica própria e completamente autónoma da Companhia.
A Cúria Geral da Companhia de Jesus está situada em Roma. O Superior Geral dos Jesuítas é o P. Arturo Sosa, sj, venezuelano, eleito em novembro de 2016. O seu cargo é vitalício.

Os Teatinos, ou Clérigos Regulares, são uma ordem religiosa masculina católica fundada em 14 de setembro de 1524 por São Caetano de Thiene, João Pedro Carafa (que viria a ser o Papa Paulo IV), Bonifácio de Colli e Paulo Consiglieri. A ordem surgiu no contexto da Contrarreforma com o objetivo de reformar a Igreja, formar padres modelo que vivessem uma vida evangélica, fraterna e em comunidade. O nome "Teatinos" deriva do nome latino da cidade de Chieti (Theate), associada a João Pedro Carafa.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E HISTÓRIA
Fundação: Foi fundada em Roma em 1524 por quatro clérigos com o desejo de reformar a Igreja.
Objetivo: Servir de modelo para a vida eclesiástica, impulsionando a reforma da Igreja a partir da reforma pessoal dos sacerdotes que viviam em comunidade.
Vida comum: Os Teatinos vivem uma vida fraterna em comum sob os votos religiosos, dedicando-se ao ministério sacerdotal e buscando o Reino de Deus.
Autossustento: Inicialmente, a ordem decidiu viver dos frutos do ministério pastoral e das doações espontâneas dos fiéis, sem possuir rendas fixas.
Expansão: A ordem expandiu-se durante os séculos XVII e XVIII, com missões evangelizadoras em várias partes do mundo.
Presença atual: Os Teatinos estão presentes no Brasil, América do Sul, América do Norte e Europa, atuando em paróquias, colégios e outras áreas de apoio social e pastoral.
FIGURAS NOTÁVEIS
São Caetano de Thiene: Um dos fundadores e santo da ordem.
João Pedro Carafa: Fundador que mais tarde se tornou o Papa Paulo IV.
Outros santos e beatos: A ordem inclui outros santos e beatos, como Santo André Avellino e São José Maria Tomasi.
BREVE HISTÓRIA DOS TEATINOS
A Ordem dos Clérigos Regulares (Teatinos) foi fundada por São Caetano, João Pedro Carafa (depois Papa Paulo IV), Bonifácio de Colle e Paulo Consiglieri, no dia 14 de setembro de 1524. Uma finalidade precisa lhes guiava: ser clérigos, vivendo fielmente o Evangelho, cercados do Direito Canônico e fazendo vida fraterna em comum sob os três votos religiosos. Clemente VII deu a aprovação canônica oportuna à Ordem com os Breves Pontifícios Exponi Nobis, de 24 de junho de 1524, e Dudum pro parte vestra, de 07 de março de 1533.
Apoiados na Providência de Deus, determinaram viver dos frutos do ministério pastoral e das doações que, espontaneamente, lhes oferecessem os fiéis, sem pedir, nem possuir rendas fixas.
Institucionalmente, em 1588, se instituiu a figura do Prepósito Geral e, em 1604, foram publicadas pela primeira vez nossas Constituições.
Durante os séculos XVII e XVIII, a Ordem Teatina se desenvolveu e expandiu, promovendo e conduzindo missões evangelizadoras nas regiões circundantes ao Cáucaso e no sudeste asiático.
Um novo amanhecer para a Ordem Teatina se deu quando, em 1909 e 1910, por vontade do Papa São Pio X, se juntaram com nosso Instituto os Filhos da Sagrada Família, da Catalunha (Espanha), e a Congregação de Santo Alfonso Maria de Ligório, de Mallorca (Espanha). Em 1916, os Filhos da Sagrada Família se separaram e retomaram sua autonomia. Ainda assim, a Ordem Teatina percorreu o século XX e chegou aos inícios deste século XXI com forças renovadas.
Hoje a Ordem dos Clérigos Regulares (Teatinos) se apresenta como uma companhia pequena que procura ante tudo o Reinado de Deus e sua Justiça.

Os Barnabitas, ou Clérigos Regulares de São Paulo, são uma ordem religiosa católica fundada em Milão, Itália, em 1533 por Santo Antônio Maria Zaccaria. A congregação foi criada para promover a reforma espiritual do clero e dos leigos, inspirada pelo Apóstolo Paulo, com carisma ligado à pregação, administração dos sacramentos, e educação. O nome "Barnabitas" vem da igreja de São Barnabé em Milão, onde a primeira casa da ordem foi estabelecida.
Fundação: A Ordem foi aprovada pelo Papa Clemente VII em 18 de fevereiro de 1533. Santo Antônio Maria Zaccaria, que abandonou a medicina para se tornar sacerdote, foi o fundador, auxiliado por Bartolomeo Ferrari e Giacomo Antônio Morigia.
Objetivo: O principal objetivo da ordem é a renovação do fervor cristão, atuando através da evangelização, cuidado dos doentes, e educação de jovens.
Espiritualidade: A espiritualidade barnabita é profundamente enraizada na Bíblia e inspirada pelo Apóstolo Paulo e Cristo Crucificado, incentivando a prática da Eucaristia, a Lectio Divina (meditação das Escrituras) e a adoração eucarística contínua.
Brasil: A ordem chegou ao Brasil em 1906, quando assumiu a Paróquia de Santa Cruz em Guaratiba, Rio de Janeiro. Desde então, expandiu a sua atuação, com presença em diversas cidades e contribuindo para a história da Igreja no país.
BREVE HISTÓRIA DOS BARNABITAS

Os Piaristas, ou Escolápios, são uma ordem religiosa católica fundada por São José de Calasanz em 1617 em Roma, com o objetivo de educar crianças e adolescentes pobres. A ordem, formalmente estabelecida como uma congregação em 1617 e elevada a ordem religiosa em 1621 com o nome de Ordem dos Clérigos Regulares Pobres da Mãe de Deus das Escolas Pias, dedica-se à educação no amor e na sabedoria do Evangelho. Apesar de enfrentarem oposição inicial, a sua missão de oferecer educação gratuita e de qualidade para todos continua até hoje, presente em vários continentes através de escolas e instituições educativas.
Nome completo: Ordem dos Clérigos Regulares Pobres da Mãe de Deus das Escolas Pias.
Fundador: São José de Calasanz.
Data de fundação: 1617, como congregação.
Elevação a ordem religiosa: 1621, com aprovação papal.
Missão principal: Educar crianças e adolescentes, especialmente os mais desfavorecidos, através de escolas e instituições educativas.
Nome comum: Escolápios ou Piaristas.
Atuação: Presente em quatro continentes (Europa, Ásia, África e América).
BREVE HISTORIA DOS PIARISTAS
As "Escolas Pias" referem-se a uma ordem religiosa fundada por São José de Calasanz em 1617 para educar crianças pobres, enquanto a "Casa Pia" é uma instituição histórica portuguesa para crianças em risco, criada em Lisboa em 1780. A história das Escolas Pias está ligada à fundação da primeira escola popular gratuita na Europa e ao seu desenvolvimento pedagógico e expansão internacional. A Casa Pia teve uma história distinta, focada na reabilitação e educação de crianças e jovens em Portugal, com mudanças significativas ao longo dos séculos XIX e XX.
ESCOLAS PIAS
Fundação: Fundada por São José de Calasanz em 1617, em Roma, a ordem foi reconhecida pelo Papa Gregório XV em 1621.
Missão original: A missão inicial era educar os filhos dos pobres nas "letras e no Santo Temor de Deus".
Pioneirismo: São José de Calasanz é creditado por ter fundado a primeira escola popular e gratuita da Europa em 1597.
Organização pedagógica: No século XVIII, a ordem desenvolveu uma organização escolar inovadora, com um sistema de séries flexíveis baseado nos níveis de conhecimento, que serviu de modelo para outros governos.
Expansão: A ordem espalhou-se pela Itália e pelo resto da Europa e hoje está presente em 4 continentes.
Educação feminina: A Congregação das "Mestras Pias" foi fundada por Santa Lúcia Filippini para a educação de meninas, e Santa Paula Montalt fundou as "Filhas de Maria, Religiosas das Escolas Pias" para o mesmo fim.
CASA PIA DE LISBOA
Criação: Fundada em 1780, no período do Antigo Regime em Portugal.
Evolução: Passou por várias mudanças institucionais, adaptando-se aos diferentes regimes políticos de Portugal, como o liberalismo monárquico, a I República e o Estado Novo.
Missão: Inicialmente destinada a crianças desvalidas, a instituição evoluiu para incluir o ensino técnico-profissional e, mais tarde, tornou-se um centro de referência para a intervenção com surdos e surdocegos.
Presença geográfica: A partir de 1942, a Casa Pia foi disseminada por vários edifícios em Lisboa, mantendo o seu museu para preservar a sua história.
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