Amabilíssimo Redentor e nosso Senhor Jesus Cristo, que com a vossa ternura por Lázaro e a vossa predilecção por João santificastes todos os laços de amizade terrena, para que todos tendessem para a comum santificação, ouvi as súplicas que apresentamos ao vosso trono pelos nossos parentes, amigos e benfeitores que sofrem no Purgatório.
O afecto que nutriram por Vós, as ajudas que nos deram, nas mais diversas necessidades, e os muitos beneficios que fizeram só por vosso amor merecem o nosso mais empenhado reconhecimento. Mas como cumprir um dever tão sagrado para com eles se ainda se encontram no cárcere do Purgatório de que só Vós tendes a chave?
Vós que sois o comum Mediador, o Pai de toda a consolação, Vós que com a aplicação da mínima parte dos vossos méritos podeis assegurar a remissão dos maiores débitos de todo o mundo, valorizai pela vossa misericórdia, o pouco bem que fizermos pela sua libertação, tornai eficaz a nossa oração para que sejam libertas das suas penas.
Dizei a cada um deles, como outrora diante do túmulo do vosso amigo Lázaro: Lázaro, vem para fora. Admiti-os ao gozo das delícias que gozam os que já estão no vosso seio. Fazei que, glorificados, obtenham para todos nós as graças que nos tornarão seus vizinhos pelos séculos sem fim. E assim como na terra estivemos ligados a eles por laços de sangue, assim, por toda a eternidade, com eles Vos louvemos para sempre.
Dai- lhes, Senhor, o eterno descanso entre os esplendores da luz perpétua. Que descansem em paz. Amem.